quinta-feira, 5 de julho de 2012

Ovos das Aves - Incubação

  Caracteristícas reprodutivas e incubação

O Ovo é uma célula produzida por uma fêmea, com a capacidade de se desenvolver em um novo indivíduo.
O desenvolvimento pode acontecer tanto dentro do corpo da mãe como fora, quando então terá uma capa protetora de calcário a casca.
O vitelo nutre o embrião em desenvolvimento.
Ovos que se desenvolvem dentro da ave mãe, geralmente têm pouco vitelo, pois o embrião é nutrido pela própria mãe.
Ovos que se desenvolvem fora, também podem possuir pouco vitelo caso eles sejam de animais cujos recém nascidos passam por um estágio larval e que se alimentam enquanto não atingem a fase adulta.
Os ovos com casca das aves contêm vitelo suficiente para sustentar o embrião até o nascimento de uma versão jovem do adulto
Ovo das Aves

Perguntas mais frequentes sobre incubação de aves:

1- Quanto tempo os ovos podem ser armazenados até serem colocados na chocadeira?

Depende da temperatura ambiente. Os ovos podem ficar1 a 2 dias (em 34ºC), 4 dias (em 30ºC) e até 7 dias ou mais (em 28ºC) antes de serem chocados na chocadeira.
Ovo de Beija-Flor
Ovo de Beija-Flor

2- Como guardar os ovos?

Retire-os todos os dias dos ninhos (os ovos não devem Ter contato com o chão), de preferência guarde-os em cartelas próprias sempre com o bico para baixo. Evite colocá-los em geladeira, pois podem perder umidade, ou lugares muito quente (acima de 34ºC).
Ovo de Avestruz
Ovo de Avestruz

3- A temperatura do ambiente prejudica os ovos?

Sim, em lugares muito frio (abaixo de 4ºC) os embriões podem morrer e em lugares muito quente acima de 34ºC o embrião começará a desenvolver-se.
Ovo de Andorinha
Ovo de Andorinha

4- Devo botar na chocadeira ovos trincados ou rachados?

Não. Pois a temperatura dentro da chocadeira fará com que os ovos estoure, sujando e infectando os outros ovos.
Ovo de Gaivota
Ovo de Gaivota

5- Depois de ligada a chocadeira e ajustada a temperatura como colocar os ovos?

Depois de estabilizada a temperatura da chocadeira vá colocando os ovos deitados em fileira na grelha deixando espaço para que os mesmos possam ser movidos.
Ovo de Gralha
Ovo de Gralha

6- Com quantos dias depois posso começar a mexer os ovos?

Depois de postos na chocadeira mexer cuidadosamente após 3 dias (ou 72 horas), sempre devagar e no mínimo 3 vezes ao dia.
Ovo de Papa-Figo 
Ovo de Papa-Figo

7- Tem horário rígido para o meximento?

Não, porém lembre-se que são pelo menos 3 vezes ao dia, preferencialmente uma vez pela manhã, uma vez a tarde e outra à noite.
Ovo de Tetilhão
Ovo de Tetilhão

8- Como deve ser o meximento?

Nunca puxe a ponta da grelha que fica na gaveta em movimentos vai e vem. Você deve apenas puxá-la na primeira mexida, empurrá-la na Segunda e puxá-la novamente na próxima e assim por diante até faltar um dia para a data prevista do nascimento (ver tabela de eclosão no manual do usuário).
Ovo de Tetraz
Ovo de Tetraz

9- Posso abrir a(s) gaveta(s) para verificar os ovos?

Não recomendamos fazê-lo, pois dependendo das condições ambientais externas (que varia de cidade para cidade) podem haver perdas durante o nascimento. Entretanto aqueles que desejarem arriscar devem fazê-lo à noite, com a chocadeira desligada, após 1/3 do tempo de eclosão da ave (p.ex. galinha » 21x1/3 » 7dias) e com a maior brevidade possível. Os que não estiverem fecundados poderão ainda ser aproveitados em bolos, tortas etc.

10- Como saber se estão fecundados?

Os ovos devem ser examinados com o bico para baixo e sob um feixe lateral de luz (ver figura abaixo). Os ovoscópios de luz monocromática (p. ex. a raios laser) são os melhores para visualizar detalhes do embrião, entretanto qualquer bom ovoscópio pode revelar o contraste que caracteriza a fecundação
Fonte: www.reinodosanimais.com.br

  DIFICULDADE NA POSTURA DOS OVOS

Embora não se trate propriamente de uma doença, a dificuldade em expulsar os ovos pela cloaca pode ser devida a vários factores, entre os quais o tempo frio e novamente a falta de substâncias minerais.
Quando tal acontece, a fêmea apresenta-se agachada num canto do aviário com as penas eriçadas e fazendo pequenos movimentos com o corpo, como se tentasse em vão expulsar o ovo.
A melhor forma de a auxiliar é mudá-la para um ambiente aquecido, pegando nela com todo o cuidado e depois segurando-a por cima de uma cafeteira com água a ferver, de modo a que o vapor de água atinja toda a parte inferior do corpo. Normalmente, produz-se uma dilatação da cloaca e a ave chega a pôr o ovo naquele mesmo instante na nossa mão.
Nos casos mais graves, é necessário colocar uma gota de azeite com o auxílio de um conta-gotas no interior da cloaca, ao mesmo tempo que se efectua a mudança da ave para um ambiente húmido e ligeiramente aquecido.

Fonte: www.avespt.com

Além de ser importante reserva de proteinas, lipídeos, vitaminas e minerais, o ovo de uma galinha contém substâncias promotoras da saúde e preventivas de doenças, o que o torna um alimento funcional. Por exercer papel essencial no desenvolvimento embrionário de uma ave, o ovo tem função de proteção e de nutrição do embrião que viria a se formar no seu interior, caso esse ovo estivesse fertilizado. A casca do ovo é uma estrutura única na natureza, servindo como barreira primária às injúrias físicas e invasão de microorganismos. Os demais componentes presentes no ovo, gema e clara (albúmen), seriam uma segunda frente de proteção, devido às muitas substâncias ativas com propriedades nutritivas e atividades biológicas protetoras e promotoras da saúde.
Muitas atividades biológicas tem sido associadas aos componentes dos ovos, incluindo sua atividade antibacteriana, antiviral e modulação do sistema imunitário evidenciando o elo dieta-saúde e ressaltando assim, a importância do consumo de ovos na prevenção e tratamento de doenças.
O objetivo do presente artigo é oferecer uma revisão sobre as propriedades nutritivas e funcionais das substâncias presentes no albúmen, gema e casca do ovo destacando seus componentes bioativos e potencial de utilização como promotores da saúde humana.

1. Composição dos ovos

Um ovo consiste em aproximadamente 63% de albúmen, 27,5% de gema e 9,5% de casca. Os principais componentes são: água (75%), proteinas (12%), lipídeos (12%), além dos carboidratos, minerais e vitaminas. Um ovo grande contém aproximadamente 74 kilocalorias, 6 g de proteinas, 4,5 g de gorduras totais e 212 mg de colesterol.
Mas como esses nutrientes são incorporados na embalagem “ovo”?
A produção de um ovo envolve a conversão do alimento consumido pela galinha, em seus componentes através da absorção dos nutrientes metabolizados, num intrincado e perfeito mecanismo fisiológico.
O aparelho reprodutivo das galinhas consiste em ovários e oviduto, Figura 1.
Aparelho reprodutor da galinha 
Figura 1. Aparelho reprodutor da galinha

Geordano Dalmédico (Embrapa Suínos e Aves)
O oviduto consiste em 5 regiões: infundíbulo, magno, ístmo, útero e genitália. No ovário (apenas o ovário esquerdo é funcional na galinha), encontram-se as células primordiais que através de sucessivas divisões transformam-se em oócitos que vão recebendo nutrientes e tornam-se óvulos de diversas hierarquias em função do tamanho. Uma vez prontos para serem ovulados, os óvulos são recolhidos no infundíbulo, local onde recebe a membrana vitelínica e a chalaza (Figura 2). A membrana vitelínica é a camada que cobre a gema e tem a função de protegê-la de rupturas; a membrana vitelínica torna-se mais fina e frágil conforme o avanço na “idade” do ovo /período de armazenamento do mesmo após a postura. Já as chalazas (Figura 2) são os espessamentos de albúmen encontrados nos pólos dos ovos, na forma de “cordões” em espiral que tem a função de centralizar a gema, mantendo-a suspensa no albúmen. A gema consiste em 28 % do peso líquido do ovo e concentra praticamente todo o conteúdo em gordura. Uma gema desidratada contém aproximadamente 60% de lipídeos (65% em triglicerídeos, 28-31% em fosfolipídeos e 5% de colesterol). A gema contém também todo o conteúdo em vitamina A, D e E encontrado no ovo. Algumas vezes, ovos com duas gemas são produzidos, fenômeno que ocorre nas aves em início ou final de postura sendo que, fatores genéticos também causam a oviposição de ovos com duas gemas.
Na região conhecida como magno, as diversas camadas de albúmen vão sendo depositadas ao redor da gema. No albúmen se concentram mais da metade do conteúdo protéico do ovo. As proteinas do albúmen, particularmente as ovoalbuminas (A1, A2), ovoglobulinas (G1, G2 e G3), ovomucóide e conoalbumina possuem propriedades funcionais físico-químicas como a gelatinização, formação de espuma, aeração, coagulação, entre outras, altamente exploradas em processos tecnológicos pelas indústrias de alimentos.
A formação da casca ocorre no útero, quando o cálcio circulante na corrente sanguínea é depositado após ser secretado pelas glândulas calcíferas do oviduto formando uma estrutura cristalina característica.
A casca é uma estrutura única, resultado de um processo de evolução extraordinário, cujas funções primárias incluem a proteção do conteúdo interno do ovo contra injúrias mecânicas e invasão de microorganismos, o controle da troca de gases e evaporação de água através dos poros da casca e o fornecimento de cálcio para o desenvolvimento embrionário. A casca contabiliza entre 9-12% do peso total do ovo, dependendo do tamanho do mesmo. O cálcio presente na casca dos ovos (39%), na forma de CaCO3 (carbonato de cálcio) pode ser uma fonte atrativa para nutrição humana e adicionalmente, há a presença de proteinas como o colágeno (tipo I, V e X) nas membranas da casca (Figura 2) além de proteoglicanas e glicoproteinas. Imediatamente antes da postura, o ovo recebe uma camada protetora chamada cutícula, que protege os poros distribuídos ao longo da superfície da casca, preservando o ovo e constituindo-se em uma primeira barreira contra a contaminação bacteriana. As membranas da casca são depositadas internamente entre a casca e o albúmen e quando o ovo é oviposto, forma-se a câmara de ar característica entre essas membranas, num dos pólos do ovo (Figura 2).
Na Figura 2 é apresentado um diagrama indicando as estruturas do ovo e respectiva legenda.
Estruturas componentes do ovo  

Figura 2. Estruturas componentes do ovo

Legenda (Figura 2):
1. Casca
2.e 3. Membranas da casca
4. e 13. Chalazas
5. e 6. Albúmen
7. 8. 10. 11. Gema
9. Blastocisto/Disco germinal
12. Membrana vitelínica
14. Câmara de ar
15. Cutícula

Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/classe-aves/ovos-das-aves.php

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Abelhas - Entenda um pouco mais





Abelhas

O mel foi a primeira substância adoçante conhecida da Antiguidade segundo a Bíblia era uma das duas dádivas da Terra da Promissão (a outra era o leite).

A apicultura que é a criação de abelhas melíferas (produzem mel), já é praticada a muito tempo, os egípcios documentaram isso pela primeira vez no ano 2600 a.C, por meio de incrições funerárias nas pirâmides!!!

A antiga apicultura era pouco rendosa: realizada em colônias fixas de barro, madeira ou palha, presentava dificuldades para a coleta do mel, acarretando a destruição dos favos e danificando a colmeia.

Em meados do século XIX, dois apicultores criaram o sistema de caixilhos removíveis, o que deu grande impulso a essa atividade. Esses caixilhos, onde as abelhas constroem os favos, permitem ao apicultor acompanhar seu trabalho e proteger as abelhas de doenças ou inimigos. Feitos de madeira, são dispostos paralelamente na caixa quadrangular (o cortiço), que também é de madeira.


Nem Todas São Domesticáveis

As abelhas pertencem a ordem dos Himenópteros, da qual também fazem parte as formigas e as vespas. Exitem abelhas de muita espécies; nem todassão sociais ou seja, nem todas vivem em colônias.
Ao contrário do que se pensa, a maioria delas se compõe de abelhas solitárias, que constroem seu ninho em ocos de árvores ou embaixo da terra. Já as abelhas sociais vivem juntas em grandes colônias de indivíduos e seus ninhos são chamados colméias.

O corpo de um desses indivíduos que raramente ultrapassa 3,75 cm de comprimento é constituído de três partes: cabeça, tórax e abdômen. No torax encontram-se dois pares de asas e três pares de pernas. As fêmeas possuem um ovopositor na extremidade do abdômen, que é utilizado para depositar os ovos e contém um ferrão para picar os inimigos.

Só as abelhas sociais são domesticáveis e destas a Apis mellifera é a espécie mais utilizada na produção comercial de mel, juntamente com as subespécies carnica (abelha cárnica) remipes (abelha caucásica), ligustica e aurea (duas variedades de abelhas italianas) e adansonii (abelha africana).


Uma Vida de Trabalho

As abelhas melíferas organizam-se em três classes principais: as operárias, que providenciam a alimentação, a rainha que pões ovos e o zangão, que se acasala com a rainha. Uma colônia de tamanho médio compreende uma rainha e cerca de cem zangões e sessenta mil operárias.

Fêmeas estéries, as operárias desempenham funções diferenciadas em uma colmeia, confrome sua "idade". Assim, as mais jovens dedicam-se, durante quatorze dias à nutição das larvas, dos zangões e da rainha. Ao fim desse período, tornam-se coletoras (ou campineiras), saindo em busca de alimento pelos campo.
Com vinte e um dias de vida, deixam as tarefas de coleta e voltam aos trabalhos no interior da colmeia. Suas glândulas secretoras de cera são ativadas e elas transformam-se em "pedreiros", passando a construir e consertar as células, dentro das quais armazenam pólen e mel.

As células são alvéolos hexagonais (têm seis lados iguais) que servem também de ninhos para os ovos da rainha.

Além disso, a operária em sua última fase de vida dedica-se a limpar a colmeia, a fazer curtos vôos de treinamento nos arredores e a prestar seu "serviço militar", permanecendo de guarda junto à entrada e ferroando os intrusos.


Néctar e Pólen

Na evolução da vida, as abelhas surgiram há cerca de cem milhões de anos, junto com o desenvolvimento das flores. Desde então, esses dois grupos biológicos mantêm intensa relação de dependência recíproca (simbiose): a abelha encontra nas flores o néctar e o pólen indispensáveis à sua sobrevivência; por sua vez, uma parte do pólen adere ao seu corpo e é transportada para longe, onde irá fecundar outra flor.

Já o nectar vai para o papo ou "estômago de mel" da abelha, onde a ação de enzimas salivares inicia sua transformação em mel. Levado para a colmeia, este é expelido e armazenado nas células.



A Moderna Apicultura

Caso único de domesticação de um inseto, a apicultura pode ter quatro objetivos: produção de mel, de geléia real, de cera e de rainhas para novas colmeias.

Nos dois primeiros casos ela pode ser ambulante ou estacionária.

Na apicultura ambulante, o apiário é deslocado periodicamente de região
pararegião, à procura de novas floradas.

Adotado nos Estados Unidos, esse sistema já era conhecido pelos antigos egípcios, que navegavam o Nilo com balsas cheia de cortiços, acompanhando as fases das enchentes do rio e as sucessivas floradas em suas margens. Já na apicultura estacionária, o apiário permanece sempre no mesmo local.

Além dos caixilhos móveis, a apicultura conta com uma série de recursos técnicos que facilitam o trabalho e aumentam a produtividade das colmeias.

Um deles é a centrifugadora radial de mel. Nesta, os caixilhos são colocados com a parte inferior voltada para o eixo da máquina e o mel é expelido dos favos por um movimento uniforme de centrifugação. Outros utensílios necessários às operações de coleta são: véu de proteção para o rosto do apicultor; luvas de couro; fumigador para acalmar as abelhas; trincha para retirar os insetos que se mantêm presos aos favos; rede eliminadora destinada a permitir a saída das abelhas da colmeia, impedindo seu retorno; recipientes para filtrar e conservar o mel; caixilhos de reserva; coletora de resíduos; xarope para reforçar a alimentação das abelhas nos períodos de escassez de flores.
Para aumentar ainda mais a produtividade das abelhas, costuma-se aplicar aos caixilhos cera moldada ou laminada, de forma a diminuir o tempo gasto na preparação dos favos.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Irecê só precisa de água para voltar a ser quem era!


Que Saldade de quando Eu olhava para Irecê e imaginava esta bela imagem!
Agora, com a falta de chuva e a escassez de água na região, o que resta é apenas recordações de uma terra Fértil... ;.-(
Em mim, ainda há esperança no combate dessa escassez, mas com a "união de todos é óbvio".
_Políticos e munícipes, acordem, já está na hora!
                                                
                                                                                                                    (Maicon Mendes)

terça-feira, 17 de abril de 2012

Mapa e CNA lançam Plataforma de Gestão Agropecuária

Ferramenta pública com objetivo de melhorar a qualidade e o acesso às informações para toda a sociedade envolvida na agropecuária

por Globo Rural On-line
Ernesto de Souza
(Foto: Ernesto de Souza)
Maior exportador mundial de carne bovina, segundo dados de 2011 da Secex/MDIC (1,4 milhão de toneladas equivalente carcaça), o Brasil terá, a partir de agora, um banco de dados único, com informações sobre criação e transporte de animais nos 27 Estados brasileiros, o que garantirá maior controle da movimentação dos rebanhos no país.

Os dados constarão na Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA), que será entregue, nesta quarta-feira (18/4), pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Segundo o Mapa, a plataforma é uma ferramenta pública com objetivo de melhorar a qualidade e o acesso às informações para toda a sociedade envolvida na agropecuária. Também deve fortalecer o processo de gestão operacional e estratégico do setor agropecuário com maior transparência e menor burocracia.

“A unificação das informações sobre essa cadeia produtiva dará maior transparência e credibilidade aos sistemas agropecuários, além de permitir a integração dos vários sistemas de controle, inclusive o sanitário, o que consolidará sua condição de destaque como produtor e exportador de carne bovina” avalia a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu.

Fonte: Globo Rural Notícias

sábado, 13 de novembro de 2010

AGRONEGÓCIO PARA EXPORTAÇÃO - ANALISE DO MERCADO ATUAL E DESENVOLVIMENTO DE ESTRATÉGIAS DE MUDANÇAS NO DESEMPENHO

RESUMO
O presente trabalho discute estratégias de promoção comercial internacional que impulsionam e diferenciam o quadro do agronegócio no Brasil. Estão subjacentes a esse tema os fatores associados ao modelo de crescimento do agronegócio e seu desempenho. O trabalho parte de indicadores do quadro atual do setor e assim explora projeções para o desempenho dos próximos anos. A realização desse é motivada pela necessidade da ampliação de base e da diversificação da pauta de exportações agrícolas brasileiras. Sendo assim, a  realização deste tem como seu objetivo primordial, informar aos setores do agronegócio sobre regras e práticas do comércio internacional, demonstrar o estágio atual das negociações agrícolas internacionais e divulgar estratégias de promoção internacional.

Palavras chaves: Agronegócio, Agronegócio para Exportação, Desempenho, PIB, Promoção Internacional. 


ABSTRACT
This study discusses strategies for commercial international promotion that can impulse and differentiate the status of agribusiness in Brazil. Subjacent to that theme there are factors associated to agribusiness growth model and its performance. The study bases on indexes of the sector current status so exploring projections about the performance expectation for the next years. The study was performed aiming at addressing the need for enlarging both the basis and list of the Brazilian agricultural exports list. Thus, it primarily aims at informing to agribusiness about rules and practices pertinent to International business, showing the current stage of international agricultural negotiations, and divulging strategies for commercial international promotion.

Key-words: Agribusiness, Agribusiness to Export, Performance, PIB, International Promotion


 
Para citar este artículo puede utilizar el siguiente formato:Timm Stern, B. y Mauch Palmeira, E.: "Agronegócio para exportação-analise do mercado atual e desenvolvimento de estratégias de mudanças no desempenho"  en Observatorio de la Economía Latinoamericana, Número 74, 2007. Texto completo en http://www.eumed.net/cursecon/ecolat/br/

Cenário do Agronegócio no Brasil
Considerado o setor mais importante da economia brasileira, o agronegócio responde por 30% do PIB nacional. Agregado a um alto percentual de postos de trabalho no território brasileiro o setor hoje apresenta índices de redução do PIB de 0,23%, desde o início deste ano e, de acordo com a análise do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a desaceleração da agropecuária nacional “é preocupante e muda o cenário da colheita e comercialização da safra 2004/2005”. Estudos comprovam a maior causa esta caracterizada pelas quedas na taxa de variação mensal das lavouras e o desempenho negativo do segmento pecuarista.
Com a globalização de mercados, o sucesso de uma empresa, principalmente no agronegócio, depende cada vez mais da inter-relação entre fornecedores, produtores de matéria-prima, processadores e distribuidores, tanto ao mercado interno quanto ao mercado externo. A divisão tradicional entre indústria, serviço e agricultura é inadequada. O conceito de agronegócio representa, portanto, o enfoque moderno que considera todas as empresas que produzem, processam, e distribuem produtos agropecuários.
Agronegócio para Exportação
Apesar do quadro desfavorável, o Índice de Volume de Exportação do Agronegócio teve uma queda relativamente pequena (cerca de 1%), conseqüência também refletida no Índice de Atratividade do Agronegócio (IAT-Agro/CEPEA), que teve queda de 7% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2005. O resultado menos favorável ao setor é atribuído à valorização do Real.
De fato, a valorização da moeda brasileira em relação a uma cesta de moedas dos principais parceiros do agronegócio do Brasil, medida pelo Índice de Câmbio do Agronegócio, foi expressiva, de 15,87% entre os dois períodos.
Assim, nem mesmo o aumento de preços dos produtos exportados, de 10,21% no período, segundo o Índice de Preços de Exportação do Agronegócio (IPE-Agro/CEPEA), conseguiu segurar a atratividade do setor. Vale citar que essa reação dos preços foi puxada especialmente por produtos como carnes, açúcar, álcool e fumo, principalmente no mês de junho.
Ao fazer a análise integrada desses índices, pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) destacam duas razões principais para a continuidade das exportações. Uma delas é a necessidade de exportar mesmo sem atratividade econômica (remuneração obtida no mercado interno seria maior que a gerada com exportação), tendo em vista a impossibilidade de escoar no mercado interno o total produzido por alguns setores. Já para outros segmentos do agronegócio, ainda que tenha havido diminuição da atratividade para exportar, as vendas externas ainda seriam a melhor alternativa em comparação ao mercado interno estagnado.
Resultados Positivos
Ao comparar os dois primeiros trimestres de 2006, percebesse que o câmbio esteve ligeiramente melhor às exportações do agronegócio – o Real desvalorizou 3,98% em relação a um conjunto de moedas (IC-Agro/CEPEA). No mesmo período, os preços dos produtos exportados reagiram 7,66%. O resultado foi um aumento da atratividade do agronegócio de 12% . Isso permitiu um aumento de 10,3% no volume exportado. Para o segundo semestre, os preços internacionais sinalizam continuidade de alta. O comportamento do câmbio, portanto, irá novamente determinar a atratividade das exportações agropecuárias.
A figura a seguir ilustra o desempenho dos anos de 2004 e 2005 e as projeções até 2014 e 2015.
Estratégias para Desenvolvimento e Promoção Internacional
O investimento em aprendizagem permanente e a educação são fatores essenciais na busca para desenvolver competências estratégicas necessárias para sobreviver e crescer no mercado atual, pois as atividades rotineiras passam a ser cada vez menos importantes e qualificadoras, mas sem diferencial competitivo. As empresas com perfil competitivo adotam uma postura de aprendizagem intensiva, enquanto buscam a identificação de estratégias que maximizem a probabilidade de sobreviver e prosperar, procurando focar suas atividades naquelas que sejam realmente agregadoras de valor, ou seja, nas atividades mais intensivas em conhecimento.
Com a crescente integração dos mercados mundiais, novos agentes econômicos têm afetado o ambiente de negócios das organizações. A competitividade das empresas e, no sentido mais agregado, dos setores econômicos, é determinada pela sua capacidade de crescer frente aos melhores concorrentes internacionais. Isto implica a obtenção de ganhos contínuos de eficácia em termos de redução de custos, diferenciação de produtos e serviços, inovação tecnológica, entre outros. Além disso, envolve também a capacidade sistêmica de organização das cadeias produtivas, a partir das diferentes formas de coordenação estabelecidas entre os diversos agentes – públicos e privados – que as constituem.
No caso do agronegócio, as empresas ligadas ao setor são pressionadas a adotar estratégias competitivas, através de novas concepções, ações e atitudes, nas quais produtividade, custo e eficiência se impõem como regras básicas, mas não suficientes, na busca da sua sustentação duradoura no mercado.
Medidas para avaliar índices de oferta e a demanda de novas tecnologias para agropecuária e gestão das cadeias produtivas, estão sendo implantadas e consideradas um grande diferencial para garantir a certeza de bons investimentos, garantindo um sistema de inteligência estratégica para o setor, de forma descentralizada e com foco no desenvolvimento regional, apto a operar internacionalmente com maiores chances de sucesso e abrangência.
A atividade de prospecção tecnológica, nos moldes do que oferece a RIPA Rede de Inovação e Prospecção Tecnológica para o Agronegócio, é considerada fundamental para uma política agrícola inovadora. A metodologia de trabalho da rede foi desenvolvida a partir de experiências colhida pelo laboratório da Embrapa instalado nos Estados Unidos. Nos workshops, usuários e desenvolvedores de tecnologia definem os assuntos críticos da agropecuária, hierarquizam prioridades e votam a definição de plataformas de pesquisa e desenvolvimento para solucionar os gargalos do setor
Além dos trabalhos de prospecção, especialistas têm apontado como destaques nessa política a criação e consolidação de empresas de base tecnológica; acompanhamento e avaliação de programas e projetos; inserção de brasileiros em redes internacionais de pesquisa, desenvolvimento e inovação; melhoria dos indicadores de inclusão social e programas de valorização de recursos humanos qualificados para pesquisa em áreas estratégicas do agronegócio.
Ìndices Passados e Projeções de Produção e Consumo dos Principais Produtos
CONCLUSÂO
O agronegócio é hoje a maior fonte de retorno do país, por isso deve-se criar medidas de cuidados que avaliem o setor para evitar oscilações e desvalorizações de seus componentes. Percebeu-se no decorrer do trabalho que a melhor alternativa é optar pelo mercado externo, uma vez que o mercado brasileiro encontra-se estagnado. Elaborar uma política de entendimento entre produtores e a agroindústria para reduzir o déficit; potencializar o setor com investimento tecnológicos; criar medidas para evitar problemas oriundos do desiquilibrio de câmbio, afim de reduzir taxas de juros altas e mercado disputado são atitudes que certamente retornará em resultados positivos para não só para o próprio agronegócio, mas também para economia do país.
BIBLIOGRAFIA
Agência Brasil: www.agenciabrasil.gov.br
Agronegócios: www.ufpel.tche.br/faem/agronegocios/apresenta.php
CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada): www.cepea.esalq.usp.br/macro/
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística: www.ibge.com.br
Jornal da USP: www.usp.br
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento: www.agricultura.gov.br
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior: www.mdic.gov.br
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão: www.ipea.gov.br

Blog do Agronegórcio: http://agronegociosonline.blogspot.com




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